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A estrutura e as ações da PC na região de Manhuaçu Delegados Carlos Roberto e Adline Ribeiro falam ao DIÁRIO

MANHUAÇU – As ações da Polícia Civil, através da 6ª Delegacia Regional de Polícia de Manhuaçu, têm sido destaques em sites e jornais da região, principalmente no que tange a investigações de crimes contra a vida. Outro trabalho evidenciado é o realizado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Para sabermos um pouco mais dessas ações e também da estrutura da Polícia Civil, o DIÁRIO entrevistou o delegado regional Carlos Roberto Souza da Silva e a delegada Adline Ribeiro, responsável pela DEAM.
DELEGADO REGIONAL
O ato de nomeação do titular da 6ª Delegacia Regional de Manhuaçu, delegado Carlos Roberto Souza da Silva, foi publicado no Diário Oficial de Minas Gerais de 03 de Dezembro de 2015. Ele faz um apanhado de seu desempenho à frente da delegacia e também fala do lado estrutural da instituição.
Ele começa dizendo que houve uma melhoria na estrutura física e também na estrutura tecnológica. “Isso se deu através da aquisição de melhores equipamentos. Temos um sistema de gestão baseado num controle informatizado, isso nos garantiu maior celeridade nos nossos procedimentos. Ainda temos algumas limitações em relação a pessoal, precisamos de mais delegados, temos expectativa de receber mais alguns. Estamos passando por um reforma em nosso prédio em Manhuaçu, isso deve terminar apenas no ano que vem, temos limitação de recurso, o estado passa por essa limitação, e essa reforma acaba sendo feito através de um convênio municipal e algumas emendas parlamentares que ainda estão aguardando liberação e execução”.
O delegado fala do ganho imediato com essa reforma. “Com isso teremos uma estrutura física melhor em Manhuaçu, uma tecnologia para que o policial trabalhe e assim podemos melhorar nosso atendimento, que aliás já melhorou bastante”.
Dentre os trabalhos da PC, está a gestão de trânsito e também a identificação civil. “Na gestão de trânsito implantamos alguns métodos para que fosse agilizado e barateado acesso aos serviços como atendimentos, facilitado ao máximo e divulgar ao cidadão como ele faz para ter acesso aos serviços de emplacamento e transferências de veículos, como para obtenção de CNH (Carteira Nacional de Habilitação) para que não precise de intermediários para isso, despachantes ou outras pessoas que cobram muitas vezes para fazer esse serviço, sendo que o cidadão pode fazer mediante agendamento, que é simples e muito rápido”.
O delegado regional acrescenta, “temos ainda o serviço de identificação civil. Hoje são 12 municípios na área regional, a área regional de Manhuaçu é composta por 24 municípios, desses 12 contam com serviço de identificação civil. Queremos que isso seja ampliado até o ano que vem pra 20, porque isso facilita para que o cidadão daquele município não precisa se deslocar para o município vizinho ou vir até Manhuaçu. Nós ainda temos expectativa de receber esse ano policiais investigadores que virão para Manhuaçu e delegacias das comarcas, e também escrivães, que é uma carência que temos hoje que deve ser atendida muito em breve entre os meses de janeiro e fevereiro”.
APROXIMAÇÃO PC COM A POPULAÇÃO
O delegado Carlos Roberto destaca uma das marcas de sua gestão frente à 6ª Delegacia Regional de Polícia Civil é a aproximação junto à população. “Não se pode falar principalmente de segurança pública, de combate à criminalidade, considerando que a polícia está lá e o cidadão está aqui, não existe isso, é preciso estarem juntos. Não existe como o cidadão se distanciar de um problema que ele vive e esperar que o estado, que a polícia resolva”, explica.
Segundo o delegado Carlos Roberto, essa aproximação é metódica. “É até mesmo imposta a nós hoje pela Polícia Civil. Estamos trabalhando para melhoria das dificuldades internas para o cidadão, para ser totalmente cômodo para ele vir a uma delegacia, que se for para procurar o serviço administrativo de registro de veículo, emissão de documentos, que sinta solícito pela polícia. Da mesma forma estamos sempre divulgando o trabalho, não com fim de divulgar ou promover a instituição, mas mostrando que a instituição está aberta para as demandas que chegam. Estamos abertos para receber informação de qualquer crime, é indispensável o recebimento de informação, porque senão, não trabalhamos. Nós estimulamos a população a fazer as denúncias anônimas pelo 181, não que muitas pessoas falem isso é errado, porque algumas pessoas praticam calúnias, mentiras ao fazer essas denúncias, mas trabalhamos com investigação. Nos chegam 300 ou 400 informações dessas por mês, onde 50 são aproveitadas, mas que são necessárias para conduzirmos as investigações. É muito importante, sem a população, não existe o resultado do trabalho da polícia”.
DEAM
Responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), Adline Ribeiro analisa uma mudança comportamental. “Nós temos um crescente número de ocorrências de violência contra mulher. Antes não haviam as ocorrências, não existiam os crimes? Existiam sim, contra a mulher, contra o idoso, contra criança, só que não se tinham coragem de procurar a polícia. Isso se dava porque tinham vergonha ou porque tinha medo, ou mesmo não confiava na polícia. Hoje a demanda de proteção ao idoso, à criança ou a mulher, cresceu enormemente na delegacia, temos até dificuldade para atender no prazo que deveríamos, que é imediato”.
Ela também falou sobre a estrutura da PC. “As delegacias estão se equipando. Em Manhuaçu estamos com projeto em curso para reformas de determinados ambientes, onde funcionará a Delegacia da Mulher padrão. Já recebemos equipamentos de tecnologia para evitar a revitimização da mulher em oitivas, em investigações, isso aí vai melhorar muito o atendimento, vai melhorar também a acolhida da mulher na delegacia para que se sinta cômoda, para saber que ali começa um processo onde ela será salva de uma agressão. Estamos trabalhando para isso e já temos um resultado bom”.
Ainda sobre a estrutura, a delegada conta que a Delegacia de Mulher conta com uma escrivã e dois investigadores. “Trabalhamos diariamente no combate a violência doméstica, realizando cumprimento de busca e apreensão, naqueles casos em que a mulher denuncia que o agressor teria uma arma de fogo e no cumprimento de prisões preventivas, que muito tem acontecido na região de Manhuaçu sobre o descumprimento de medidas protetivas. Temos em torno de, às vezes, 10 a 15 prisões por mês só de descumprimento de medida protetiva. E além disso, trabalhamos também na parte dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes que acontecem num número bastante expressivo e no atendimento, orientação. Procuramos da melhor maneira minimizar esse sofrimento da mulher”.
Conforme a delegada, a vítima não deve se calar. “Acreditamos que denunciar, buscar apoio, sempre é o melhor caminho. Verificamos nos casos em que a mulher é ameaçada e não denuncia, depois ela apanha e não denuncia, normalmente se chega a um final não muito feliz, até o feminicídio, mas porque ela deixou de buscar a ajuda necessária para que se evitasse um crime maior. Então denuncie, venha até a delegacia, nem que seja de maneira anônima. Estamos aqui pronto para melhorar a situação dessa vítima que não consegue sair desse ciclo por falta de orientação e ajuda. Podem denunciar, os casos que as pessoas sabem que é um vizinho, uma criança na escola, venha anonimamente, priorizamos em não divulgar nada sobre os nomes, priorizamos em investigar, apurar e cessar aquela conduta”.
Ao final, ela fala que este tipo de ação é praticamente diária. “Falamos que tem as campanhas no mês de maio, agosto, setembro, só que a nossa vida aqui não para, então nossa campanha é cotidiana, é mensal, anual e estamos aí em busca de minimizar o sofrimento da mulher”.
“A pessoa que quiser denunciar, basta ligar para os telefones (33) 3332-4618 ou (33) 3331-1020. Ela deve me procurar ou procurar a escrivã Ana Rosa, que também está sempre à disposição para ajudar os nossos investigadores Poliana e Diego”, conclui Adline Ribeiro, responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.

Diário de Manhuaçu

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