ICE
Tivemos mais uma semana de muita oscilação nas cotações do café na ICE Futures US em Nova Iorque e na ICE Europe em Londres. Na ICE Futures US, os contratos de arábica para maio próximo encerraram a sexta-feira (15) em baixa moderada. Bateram em US$ 1,8370 na máxima do dia, oscilaram 300 pontos entre a máxima e a mínima, e fecharam em queda de 90 pontos, a US$ 1,8295 por libra peso. Na ICE Europe, em Londres, os contratos de robusta para maio próximo fecharam na última sexta em alta de 31 dólares, valendo US$ 3.308 por tonelada.
Crescimento do consumo de café
Em mais uma evidência do crescimento do consumo mundial, da falta de estoques globais, e dos problemas enfrentados pelos países produtores de café para aumentar suas produções, Vietnã, Colômbia e Indonésia – segundo, terceiro e quarto maiores países produtores de café do mundo – estão comprando quantidades crescentes de cafés produzidos pelo Brasil, porque não conseguem produzir café suficiente para atender suas exportações e abastecer o consumo doméstico em alta.
Cenário confuso
Esse cenário, confuso e preocupante, continuará trazendo fortes oscilações aos preços do café. Na sexta-feira (15), os contratos de arábica na bolsa de Nova Iorque fecharam em queda moderada e os de robusta em Londres terminaram o dia com boas altas.
Estoques
Os estoques de cafés certificados na ICE Futures US subiram sexta-feira (15) 20.853 sacas e estão em 488.678 sacas. Há um ano eram de 785.557 sacas, quando já eram considerados criticamente baixos. Caíram neste período 296.899 sacas. Subiram nesta semana 63.926 sacas e na semana passada 64.205 sacas. Subiram 103.777 sacas no mês de fevereiro. No mês de janeiro caíram 1.395 sacas. Em dezembro cresceram 27.158 sacas. No último mês de novembro apresentaram queda de 165.072 sacas e no mês de outubro, a queda totalizou 52.807 sacas. No mês de setembro esses estoques caíram 58.986 sacas. No mês de agosto, a queda foi de 45.369 sacas e no mês de julho de 16.163 sacas.
Dólar e o mercado
O dólar subiu sexta-feira (15) 0,22 % frente ao real e fechou a R$ 4,9980. Na sexta-feira passada (8), subiu 0,95 % e fechou a semana a R$ 4,9810. Em reais por saca, os contratos para maio próximo em Nova Iorque fecharam sexta-feira (15) a R$ 1.209,55. Terminaram a sexta-feira passada, dia 8, a R$ 1.220,06.
Mercado
No mercado físico brasileiro, ao longo da última semana, os compradores aumentaram e diminuíram as bases de preços, acompanhando o sobe e desce das cotações em Nova Iorque e do dólar frente ao real. Os negócios continuaram lentos, com poucos vendedores. As vendas estão aumentando nestes primeiros meses de 2024, mas as negociações são sempre difíceis, atrapalhadas pelo sobe e desce das cotações em Nova Iorque e Londres, e pelas incertezas climáticas, que trazem muita insegurança aos cafeicultores.
Embarques
Até dia 14, os embarques de março estavam em 1.167.623 sacas de café arábica, 249.522 sacas de café conilon, mais 113.107 sacas de café solúvel, totalizando. 1.530.252 sacas embarcadas, contra 1.422.313 sacas no mesmo dia de fevereiro. Até o mesmo dia 14 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em março totalizavam 1.829.159 sacas, contra 1.900.196 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 8, sexta-feira, até o fechamento do dia 15/3, caiu nos contratos para entrega em maio próximo 225 pontos ou US$ 2,97 (R$ 14,87) por saca. Em reais, as cotações para entrega em maio próximo na ICE, fecharam no dia 8 a R$ 1.220,26 por saca, e sexta-feira, dia 15, a R$ 1.209,55. Ainda na última sexta, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 90 pontos.