Dia primeiro de outubro a Igreja celebra o dia dedicado a Santa Teresinha do Menino Jesus. É um momento de orações, agradecimentos e de luz.
Ser devoto de um santo é, antes e tudo, procurar conhecer sua vida e seguir seu exemplo.
Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face, ou simplesmente Santa Teresinha do Menino Jesus, é uma das santas mais populares da Igreja, por sua doutrina de amor e abandono nas mãos de Deus e pelos incontáveis milagres por sua intercessão. Foi tão grande o número de graças obtidas por sua ajuda, que após sua morte, a beatificação e a canonização foram proclamadas rapidamente.
O Brasil é especialmente querido por ela. No altar onde estão seus restos mortais, está escrito: “Foi oferecido pelo Brasil por ser o país onde ocorreu o maior número de milagres”. Isso significa que em nosso país está o maior número de devotos.
Teresinha nasceu no dia 02 de janeiro de 1873 em Alençon, França. Filha de Luís Martin e Zélia Guerin Martin. Os pais foram duas vocações frustradas. Sem nenhuma explicação convincente, o pai não pôde entrar na Ordem dos monges de São Bernardo, e a mãe foi recusada pelas Irmãs Vicentinas. Casaram-se desejosos de terem um filho para consagrá-lo ao serviço de Deus. Dos nove filhos que tiveram, dois eram homens, mas morreram ainda crianças. Sobreviveram 5 filhas que seguiram a vida religiosa. Teresinha dizia: “Jesus ama tanto a nossa família, que não permitiu que nenhum mortal tomasse como esposa uma só de nós”.
No dia primeiro de janeiro de 1888, recebe a resposta do Papa Leão XIII aprovando sua entrada no Carmelo, aos 15 anos de idade, desafiando o Direito Canônico que não permitia a entrada de pessoas com tão pouca idade.
Sua primeira confissão foi em 1879.
Em 1879 no mês de março, ela adoece gravemente. A mãe a leva em Lourdes para rezar à Virgem. No dia 13 de maio, Nossa Senhora lhe aparece e lhe sorri. Ela fica completamente curada.
Em 8 de maio de 1884 ela faz a primeira comunhão na Abadia das Beneditinas.
No dia 8 de agosto de 1877, morre sua mãe. Ela nunca se esqueceu do beijo que deu no rosto da mãe morta. O fato deixou sequelas por toda a vida. Escolheu uma segunda mãe, sua irmã Paulina (Irmã Inês de Jesus).
No dia 14 de junho de 1895 sentiu uma ferida do amor divino enquanto fazia e via-sacra. Ofereceu-se como vítima de holocausto ao amor misericordioso de Jesus.
A infância junto à família foi cheia de carinhos e valores religiosos. O pai lhe devotava um zelo especial e a chamava de “minha rainha”. E ela lhe mostrava o céu com as estrelas em forma de T.
Sua doutrina chama-se “Doutrina da infância espiritual”. Nela há dois pontos importantes: o primeiro é entregar-se nas mãos de Deus com confiança, como as crianças se entregam no colo do pai. O segundo ponto é praticar pequenas mortificações cotidianas. Ela praticou muito bem com joelhos por mais tempo durante as orações.
Ela sentia dentro dela muitas vocações: Ela desejava ser sacerdote para elevar a hóstia, desejava ser missionária para levar ao mundo o evangelho, desejava ser mártir para morrer martirizada pela Igreja, desejava ser profeta para iluminar as alma com profecias e doutrinas. Martirizada por não ser tudo isso, um dia abriu o evangelho nas epístolas de São Paulo aos Coríntios e leu: “Nem todos podem ser ao mesmo tempo apóstolos, profetas e doutores. A Igreja é composta de membros diferentes; que os olhos não podem ser ao mesmo tempo mãos. Os dons por mais perfeitos, nada seriam sem a caridade”. Então, ela disse: finalmente encontrei minha vocação, minha vocação é o amor.
Ela prometeu que do céu faria cair uma chuva de rosas. Disse: Quero passar o meu céu a fazer o bem sobre a terra. Só quando o anjo disser “passou o tempo” é que descansarei e serei feliz porque então estará completo o número dos eleitos.
Morreu de tuberculose, no dia 30 de setembro de 1897. Sofreu tudo com paciência. Às três horas da tarde, mandou chamar suas duas irmãs para socorrê-la. Extenuada e trêmula, estendeu os braços. Uma de cada lado, segurava seus braços. Posição que lembrava Jesus na cruz. Ela disse: “Não entendo tanto sofrimento a não ser que seja porque pedi para salvar almas”. Às 7 horas e vinte minutos, finalmente olhou para o crucifixo e disse: meu Jesus, eu vos amo…vos amo… Fechou os olhos e morreu.
Deixou escrito um livro, História de uma alma, com seus pensamentos de vida.
Carmelita descalça, contemplativa, vigilante e afeita à oração. Viveu 24 anos desconhecida, humilde no silêncio de uma cela. Hoje, é Doutora da Igreja, Padroeira das Missões, Patrona do Apostolado da Oração.
Foi beatificada em 29 de abril de 1923, canonizada em 17 de maio de 1925.
Caratinga festeja a data com alegria. O Padre Moacir, pároco da catedral de São João Batista, convida para a Missa em comemoração a essa data. Pede a todos que levem uma rosa que será abençoada durante a celebração. Não desperdicemos tantas oportunidades de receber graças, favores e milagres do céu.
Muitas vezes, quando estamos fazendo a novena dessa santinha, recebemos uma rosa dizendo que nosso pedido foi atendido.
Santa Teresinha, rogai por nós.